segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade na construção civil com tijolo verde.


Tendência em diversos setores, a sustentabilidade também encontra espaço na construção civil. Para agradar o mercado, é cada vez maior o número de empresas que aderem princípios sustentáveis desde a concepção do projeto até a oferta ao cliente. Para o mestre em Sistemas de Gestão e coordenador do MBA em Construção Civil da FGV, Pedro Seixas, "a legislação ambiental e a sustentabilidade têm um impacto cada vez maior no empreendimento imobiliário, desde a compra de um terreno até as questões ambientais que vão influenciar no produto".

Prova disso, as certificações do Green Building Council são bastante cobiçadas por grandes empresas na hora de escolher sua localização física. Muitas vezes, estas edificações são capazes de reciclar seu próprio lixo, possuem sistema de captação de água da chuva e são projetados para aproveitar ao máximo a luz solar.

Outro ponto interessante é a utilização de materiais mais "verdes" na construção. De olho nesta tendência, o mestre em Engenharia Civil, Ricardo Ribeiro, e professor doutor Vsevolod Mymrine criaram a Risetech - Soluções Ambientais. Incubada no Centro de Inovações Empresariais do ISAE/FGV, a empresa é pioneira na produção de um novo conceito de tijolo, que vem para concorrer com o bloco de concreto, tijolo tradicional e tijolo solo cimento, comumente utilizados na fundamentação de construções.

Tecnologia brasileira, o Tijolo Ecológico Risetech tem como matéria prima os resíduos da construção civil e areia. Além disso, seu diferencial é a capacidade de seqüestrar CO2 da atmosfera durante seu processo de fabricação. Segundo o consultor de gestão da empresa, Almir Neves, o foco é oferecer os tijolos para lojas de materiais de construção. "A empresa ainda está em fase de estruturação, mas nossa meta é começar com 1% da produção da Região Metropolitana de Curitiba, em média 326,59 milheiros". A Risetech está em fase de estruturação e no momento busca investidores. "Temos e tecnologia necessária e o plano de negócios montado, agora é ir atrás de capital".



Fonte: Idéias Green

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

INTERVENÇÃO URBANA

O que é Intervenção Urbana?

Todo movimento artístico relacionado à intervenções visuais em espaços públicos é chamado  "intervenção urbana".  É através da arte nas ruas que esse movimento, que tem características underground, tenta transformar o espaço comunitário e as paisagens do dia a dia. 
Cores e formas ganham vida e mais, modificam vidas. A proposta é um exercício para o olhar viciado das grandes cidades, onde certas paisagens acabam passando desapercebidas, seja pela nossa rotina cada vez mais apressada, seja pelo nosso foco cada vez mais restrito. Para mudar esse olhar, artistas e anônimos se empenham em suas obras pelos muros da cidade: novos focos são criados e revela-se a beleza da cidade em lugares que fazem parte do cotidiano, mas que antes sequer eram notados.
Uma das formas de intervenção urbana mais conhecidas é o grafite. O movimento que sofreu com a discriminação nos anos 70 e teve como base a cultura hip hop, hoje se espalha pela cidade e redefine seu próprio estilo. Psicodelia, estilo tridimensional e personagens caricatos são elementos constantes nas obras dos grafiteiros.


No Brasil, alguns nomes merecem destaque: os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo adotaram o apelido OsGemeos - [entrevista aqui ] e se tornaram uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite. Hoje, suas obras estão em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países.


Confira abaixo o trabalho dos OsGemeos:



Aqui, intervenções por outro grupo chamado FleshBeck Crew:


Fonte: Blog: Arquitetura de Interiores

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SUSTENTABILIDADE




Os italianos Massimiliano e Doriana Fuksasvenceram o concurso internacional de arquitetura para o “Shenzhen Guosen Securities Tower”, primeiro arranha-céu a ser construído emShenzhen, na China. 

O projeto propõe a criação de um espaço públicoque se distribui verticalmente dentro da torre, enquanto a fachada apresenta um vazio tridimensional em zigue-zague, criando uma série de vistas diferentes para as áreas livres. Graças a essa solução, o pé-direito do átrio terá mais de200 metros de altura

Ao longo desse espaço público, criam-se espaços de convivência que privilegiam a entrada de luz natural e a ventilação cruzada. Além disso, asaberturas do zige-zague são pensadas conforme o contexto urbano além da fachada, para privilegiar as vistas das praças e avenidas do entorno


Nas áreas privadas da torre funcionará o escritório da corretora de títulos Guosen, sendo que os últimos andares serão reservados para a diretoriae para um clube esportivo. Na cobertura-verde, haverá um terraço com vista panorâmica da cidade, que é vizinha a Hong Kong.

Conheça o trabalho de Massimiliano e Doriana Fuksas: www.fuksas.it

Imagem: © Massimiliano Fuksas Architetto

Fonte: ARCOweb

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Le Corbusier em Madeira.

Loja italiana relança quatro móveis com assinatura de Le Corbusier: um banco, uma mesa, uma escrivaninha e um cabide.



Desenhos, croquis e protótipos: uma pesquisa cuidadosa, em colaboração com a Le Corbusier Foundation, trouxe às lojas da Cassina quatro móveis com desenho de Le Corbusier da década de 1950, todos em madeira: Tabouret, Table de Conférence, Table de Travail avec Rayonnages e Portemanteau - um banco/mesa lateral, duas mesas (de trabalho e de jantar) e um cabide.
Os móveis foram projetados originalmente para compor algumas das obras de renome do arquiteto, como a Maison du Brésil em Paris, a Unité de Habitation em Nantes-Rezé, a Unité de Camping e sua Cabana em Roquebrune-Cap-Martin - a Cassina, aliás, apresentou uma reconstrução da Cabana de Le Corbusier na Triennale di Milano de 2006. A empresa já comercializa móveis de Le Corbusier desde 1964 e detém a licença mundial exclusiva para a produção dos móveis.


Tabouret Cabanon, Roquebrune-Cap-Martin 1952
Um banco ou uma mesa de centro. A Tambouret foi desenhada para a Cabana de Le Corbusier. Os buracos oblíquos em cada um dos lados torna a peça de fácil manuseio. Medidas: 43cm x 27cm x 43cm. A mesma peça, mas em tamanho menor, foi criada para a Maison du Brésil (1959), a residência universitária em Paris. Medidas: 33cm x 25cm x h.43cm

Table de Conférence, Atelier Le Corbusier, Paris 1958
Le Corbusier pensou em uma mesa que servisse tanto para a casa quanto para conferências - com uma estrutura ao mesmo tempo orgânica e racional. A chave do projeto é utilizar duas figuras geométricas postas uma contra a outra. A tampa é feita de madeira e os pés, de aço, que podem ser laqueados em verde, cinza ou preto. Medidas: Ø185 cm x h.71cm


Table de Travail avec Rayonnages, Unité d''Habitation, Nantes-Rezé 1957
Há muitas versões dessa pequena escrivaninha - e a Cassina fez uma reinterpretação do modelo criado para os quartos das crianças na Unités d''Habitation. Medidas: 140cm/53cm x 70cm+27cm x h.72cm


Portemanteau, Unité de Camping, Roquebrune-Cap-Martin 1957
Le Corbusier desenvolveu este cabide pela primeira vez para sua Cabana. Mas o modelo reinterpretado pela Cassina é uma reedição do modelo desenhado para as Unités de Camping. Medidas: 66.5 cm x 60 cm x d.7 cm/11.5cm

Fonte: Piniweb

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Não Vale a pena ver de novo.

Ano de eleição no Brasil é como ver novela no Vale a pena ver de novo, você já sabe todo o roteiro e o desfecho final da trama. Não venho aqui trazer alguma novidade, talvez lembrar você de alguns questionamentos. Uma coisa é certa: "Cada povo tem o governo que merece", outra coisa é fato: "Brasileiro não sabe votar".


O brasileiro a cada dia que passa, me surpreende mais, de uma forma negativa. Os escândalos de corrupção no poder deixaram de ser novidade há muitas décadas, políticos vem e vão, para lá e para cá, pulando de partido em partido. E o que é necessário para ser político? Apenas ser alfabetizado? Bem, essa é uma questão muito complexa a ser debatida. 
Em julho do ano passado eu decidi criar minha conta no twitter, inicialmente eu não sabia o que escrever naquele mini-blog mas logo percebi que poderia fazer um networking através dele. Claro que tem dias que sua timeline fica desagradável, em final de campeonato de futebol por exemplo só se fala de futebol, e com as eleições 2010 não poderia ser diferente. Política, políticos, corrupção e etc, é o que ainda está rolando na minha timeline, não sou contra a se discutir esses assuntos, não concordo é com a forma que se pratica isso.


Oras, você chega em casa ou no trabalho, liga seu notebook, se informa pela internet e taca o "pau" nos políticos brasileiros. Muito cômodo você não acha? Sim, eu acho. Me diga, quanto vale para você (cidadão) escancarar sua opinião política em um Blog? Soltar farpas e alfinetadas para políticos de sua cidade? Vale sua vida? Pense bem.


Em uma guerra, é preciso escolher as armas certas, mais importante é lutar com inteligência. Se você, como eu, está insatisfeito com a atual situação política do seu país e espera mudanças, não espere, faça. Vejamos! O que é preciso para que um político corrupto vença? A sua ignorância. Você tem a constituição em casa? Se sim, muito bem. Mas, quantas vezes você a leu?  .... (..) .. Pois é.


A educação é sua única arma para trazer a tão sonhada mudança. Armem seus filhos dela, eles farão o Brasil de amanhã, vá a câmara e acompanhe o que seu Deputado anda fazendo pela sua cidade. Acompanhe a trajetória do seu presidente, pesquise, leia, aprenda seus direitos, se eduque. Se para você isso tudo parece ser trabalhoso e sem motivo, então meus ouvidos estão selados para as suas reclamações sobre política.


Se o Brasil ainda tem muito o que evoluir, então os brasileiros precisam evoluir ainda mais. O mínimo que peço é que não encha o seu twitter com política de forma aleatória, passe adiante aquilo que você acredita ser relevante, não arrisque a sua vida e a de sua família apontando com o dedo indicador a cara dos corruptos, combata-os nas urnas. Se dê o hábito de discutir política com amigos, mas se mine de fatos e argumentos, não seja alienado. E assim, você pode começar a construir uma cena política diferente.


Liana Lunardelli

domingo, 10 de outubro de 2010

O BRASIL NOITE

Acordo cedo e durmo tarde, a madrugada não é meu lugar, preciso de luz natural, não fotografo bem com flashes, não quero que me revelem, me escondo na claridade, onde todos se parecem.
Diurna, mas nem tão entusiasmada que goste do som de Elba Ramalho, Ivete Sangalo, Daniela Mercury. É onde minha brasileirice destoa, não sou de pular e jogar os braços pra cima, entrar no clima de qualquer festa, subir em trem elétrico. Até gosto de verde, mas amarelo, detesto.


Fico meio avexada quando leio sobre a nova Daslu, sobre os novos namorados de celebridades geradas do nada, entediada com fotos de debutantes, geração xerox, todas exatamente iguais, nem os pais as reconhecem, onde você aparece, minha filha? Ninguém aparece, todos se repetem.


O Brasil colorido, suado, tropical, cartão-postal é o país onde nasci, mas me desenvolvi no avesso, numa clareira interna, invisível para quem está de fora. Da porta pra dentro ouço solos de guitarra e não preciso me vestir tão bem. De dia, meu país de fato brilha, mas onde eu me reconheço é no silêncio, na rua estreita, no aconchego da minha intimidade, onde dou de comer aos meus sentimentos. Difícil ser brasileira sem fazer barulho, sem ter pernas para mostrar, sendo agridoce e não salgada do mar.
Mas sou brasileira, e esta crônica nada mais é do que um reconhecimento de nacionalidade após ouvir o mais recente disco do Lobão, Canções dentro da noite escura, em britânicas, porém brazucas, saídas de uma página arrancada da nossa história, a parte em que somos sortudos, carentes, suicidas, apaixonados, inquietos, dramáticos - não melodramáticos.


A alegria é uma conquista, é até mais importante do que a felicidade, mas alegria não é grito, não é aeróbica, não é refrão, não é pegadinha, não é pegação. Alegria é amar. E enfrentar a dor sem perder a poesia. Alegria é caminhar, não correr. Dar umas paradas a fim de ganhar tempo. Viver sem culpa. Ter um pouco de noite no seu dia. E muito dia no seu sono.
O disco será considerado bom por alguns, e ruim por outros. É assim com todos os discos, livros, filmes: eles capturam o freguês ou o deixam escapar. Fui de certa forma capturada, ganhei um greencard pra continuar no meu país sem precisar aderir ao ziriguidum e às festas no apê, um green-yellow card que me fez lembrar que há vida intensa na sombra também.


Martha Medeiros


Decidi colocar esta crônica aqui porque li e acabei me identificando em alguns pontos. Ando com a cabeça cheia de informação, isso não ajuda na hora de escrever. Preciso comprar um processador melhor para minha cabeça. Espero que gostem. Grande Beijo.


Lia.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

AS AMBULÂNCIAS

Era uma moça simples, ainda entusiasmada com tudo o que via, e chegou de viagem como quem havia chegado da lua, fazia tempo que eu não testemunhava tamanha euforia. Então, gostou de Nova York? Muito moderno, ela disse, muito moderno. Logo imaginei aquela menina encantada com as calçadas largas, com os prédios longos, com tudo o que havia por lá de vidro e concreto, e talvez o barulho. O barulho, ela confirmou, o barulho. Ruídos dos automóveis? Não, ela respondeu. Das ambulâncias! O olhar puro brilho era de quem tinha dito carruagens, mas ela havia dito ambulâncias. Em qualquer ponto da cidade, de onde quer que se esteja, impossível deixar de escutar, ha sempre uma sirene gritando, misturando-se ao som ambiente. Uma sirene, duas sirenes, são tantas, vindas de tão longe, aproximando-se, sendo escutadas sem serem vistas, muito moderno, muito.

Onde a moça vive não tem avenida, é cidade do interior, menor. Lá, ensurdecedor é o canto dos pássaros, o ruído dos cascos no paralelepípedo, algum rádio ligado na casa da vizinha. O posto de saúde é logo ali na esquina, todo mundo entra e sai sem alarde, os doentes chegam a pé, parece até que as doenças graves sabem que não devem acontecer naquele canto do mundo, porque com gravidade a cidade não lida, é pouco médico, pouco remédio, e quando o troço é sério de nada adiantam os chás e as rezas.

Então as sirenes, pra ela, passaram por música, sinônimo de urbanidade, lá vai um cardíaco para uma mesa de operação, lá vai um garoto que bebeu na direção, lá vai uma fratura exposta, uma facada nas costas, uma falta de ar ou um motorista de folga a se exibir para a namorada: olha só como eu abro passagem. Lá vão elas, as ambulâncias, com suas luzes piscantes e seus nomes escritos de trás pra frente, recolher corpos caídos do décimo sétimo andar, oferecer oxigênio para quem enfrentou um escapamento de gás, prestar primeiros socorros pra quem não teve a quem chamar. Voam na contramão, estacionam em qualquer lugar, atravessam os portões abertos dos hospitais, preenchendo as ruas com suas sirenes ligadas, avisando que se está em busca de gente pra ajudar, porque só na cidade grande há tanto motivo pra se estressar, pra enfartar, pra brigar, pra estourar, pra chegar assim tão rente ao inferno.

Muito moderno, muito.

Martha Medeiros - Coisas da vida

sábado, 4 de setembro de 2010

O Paisagismo por Liana Lunardelli


Quando Rafael Motta, Diretor Geral da Imóveis News, me fez a proposta de escrever sobre Paisagismo, fiquei muito contente, vi a chance de mostrar ao público em geral a importância do paisagismo, pois desde os tempos da faculdade de Arquitetura sempre percebi uma despreocupação em compor a paisagem no entorno do projeto por parte de alguns colegas. Na opinião destes tais colegas, a solução era colocar umas plantinhas e tudo estava resolvido. Semelhante ao público leigo que associa paisagismo única e exclusivamente a jardinagem.
No entanto, o paisagismo é o que traz vida ao projeto, ele está ligado à paisagem de uma maneira geral, com elementos naturais ou não, ele humaniza e leva o homem pra mais perto da natureza para que ele possa lembrar o quanto é bom tê-la por perto, o quanto é importante preservá-la.


O paisagismo surgiu com uma simples idéia de ornamentação do ambiente, com o tempo foi ganhando espaço, hoje ele chega a se confundir com o Desenho Urbano. Também pode ser denominado de Arquitetura da Paisagem.
Possui suas etapas projetuais de elaboração, planejamento e execução, sendo ele MICRO ou MACRO Paisagismo. Micro paisagismo refere-se a projetos pontuais, como: jardins de residências, comércios entre outros, um paisagismo pequeno, mas não menos importante. Em lugares públicos, como: praças, parques e bosques, se faz o Macro paisagismo, ele é maior, um projeto para uso comum, para a cidade, e também tem seu grau de importância porque precisa ser planejado para todos.


Ele vai muito além da estética, precisa ser funcional e confortável, trazendo segurança aos que desfrutam daquela paisagem, lugar ou ambiente. Alguns princípios são levados em consideração na hora de fazer um projeto paisagístico: atenuar o impacto da luz solar direta que causa incômodo em algumas pessoas; reduzir a temperatura de um determinado ambiente; trazer privacidade; isolamento acústico e por fim, melhorar a visualização do local.
Um projeto paisagístico precisa também ser bem especificado para que o executor não tenha dúvidas quanto a denominação das plantas e dos materiais empregados.
Tive a oportunidade de conhecer Benedito Abbud, um paisagista reconhecido mundialmente, em uma palestra feita por ele em Manaus. Durante a palestra, uma frase me chamou a atenção: "É quando a execução do projeto paisagístico acaba que ele começa." É preciso ter paciência para que as sementes brotem, floresçam, cresçam e finalmente alcancem a maturidade revelando toda a grandeza e importância do paisagismo. Mas para que isso aconteça, são necessários cuidados, é preciso seguir rigorosamente as especificações do projeto, utilizando o método de irrigação mencionado para que tudo corra dentro do prazo estipulado. Essa espera e cuidados que fazem com que muitos profissionais levem o Paisagismo menos a sério, causando o que costumamos ver de “selva de pedras”, trazendo desconforto e impactando diretamente no clima. Mas isso eles chamam de Modernidade, é a evolução tecnológica.

Hoje o paisagismo pode ser projetado e realizado por profissionais da área da Arquitetura, por Engenheiros Agrônomos e por outros profissionais especializados. Nunca deixe de se preocupar com as plantinhas da sua casa e com as árvores do seu jardim, pois elas ajudam no micro-clima do seu bairro. Procure um profissional para ter uma opinião mais acertada sobre o que faz bem e o que não faz bem para sua casa em termos de jardim, pois muitas vezes cultivamos plantas que são nocivas a nós e não sabemos, ficamos encantados apenas com a beleza delas sem se preocupar com as propriedades que elas possuem.

Liana Lunardelli

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A FÓRCEPS

Recebo o email de uma amiga contando que, mesmo não tendo tempo para mais nada, voltou para as aulas de dança, que está fazendo à noite. Diz ela: "Tem coisas que devemos abrir espaço a fórceps, ou corremos o risco de serem extintas de nossas vidas"

Fórceps todos sabem o que é. Um instrumento que, em obstetrícia, serve para extrair o bebê do útero, nos casos em que ele já está na portinha pra sair, mas não sai. Falando assim, parece uma coisa agressiva, mas não é. É um help. Se a natureza não está ajudando, o fórceps vai lá e puxa o bebê pra vida.

Pois é assim que estamos levando os dias: a fórceps. Se existe uma coisa que não se dilata espontaneamente é o tempo, ao contrário, está cada vez mais apertado, então a gente tem que tratar de extrair tudo o que a gente quer da vida na marra mesmo. Forçando um pouco.
E lá vamos nós pra noite, mesmo com medo da própria sombra. Vamos jantar, vamos ao cinema, vamos ao bar, vamos a casa de amigos, vamos cantarolando dentro do carro e com os vidros bem fechados, vamos despistando as neuras e tentando estacionar bem longe das estatísticas estampadas nas páginas policiais.

E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado pra fora.

E a gente faz mágica: vive 32 horas por dia, oito dias por semana, 14 meses por ano - e com um salário microscópico. Fazemos a volta ao mundo com meio tanque de gasolina, dormimos seis horas por noite, sonhamos acordadas o tempo inteiro. Bebemos um drinque com as amigas e voltamos para casa sóbrias, entramos no quarto das crianças sem acordá-las, um pássaro não seria mais leve. Lemos todos os livros do mundo nos intervalos da novela, paramos dois segundos para olhar o pôr-do-sol pela janela, telefonamos para nossa mãe ao mesmo tempo em que respondemos o e-mail de um cliente, e se alguém sorri para nós, a gente se aproxima, se arrisca e renasce nessas chances de vida. Porque senão é da casa pro trabalho e do trabalho pra casa, deixando o tempo agir sozinho, esperando dilatações espontâneas. E, como elas não acontecem, permanecemos paralisadas na vidinha mesma de sempre, lamentando o fim das nosssas aulas de dança.

MARTHA MEDEIROS - Coisas da Vidas - Crônicas.

domingo, 11 de julho de 2010

PERDER A VIAGEM

Você pede ao patrão para sair mais cedo do trabalho, aí pega um ônibus lotado, vai para um consultório médico que fica no outro lado da cidade, gasta seus trocados, seu tempo e seu humor e, ao chegar, esbaforido e atrasado, descobre que sua hora, na verdade, está marcada para a semana que vem. Sinto muito, você perdeu a viagem.

Todo mundo já passou por uma situação assim, de estar no lugar errado e na hora errada por pura distração. Acontecendo só de vez em quando, tudo bem, vai pra conta dos vacilos comuns a qualquer mortal. O problema é quando você se sente perdendo a viagem todos os dias. Todinhos. É o caso daqueles que ainda não entenderam o que estão fazendo aqui.

Estão perdendo a viagem aqueles que não se comprometem com nada: nem com o ofício, nem com um relacionamento, nem com as próprias opiniões. Estão sempre flanando, flutuando, pousando em sentimento nenhum, brigando por idéia nenhuma, jamais se responsabilizando pelo que fazem, pois nada fazem. Respirar já é para eles tarefa árdua e suficiente. E os dias passam, e eles passa, e nada fica registrado, nada que valha a pena lembrar.

Estão perdendo a viagem aqueles que, em vez de tratarem de viver, ficam patrulhando a existência alheia, decretando o que é certo e errado para os outros, não tolerando formas de vida que não sejam padronizadas, gastando suas bocas com fofocas e seus olhos com voyeurismo, sem dedicar o mesmo empenho e tempo para si mesmos.
Estão perdendo a viagem aqueles preguiçosos que levam semanas até dar um telefonema, que levam meses até concluir a leitura de um livro, que levam anos até decidir procurar um amigo. Pessoas que acham tudo cansativo, que acreditam que tudo pode esperar, que todos lhe perdoarão a ausência e o descaso.
Estão perdendo a viagem aqueles que não sabem de onde vieram nem tentam descobrir. Que não sabem para onde ir e nem tentam encontrar um caminho. Aqueles para quem a televisão pode tranquilamente substituir as emoções.

Estão perdendo a viagem todos aqueles que se entregam de mão beijada às garras afiadas do tédio.

Martha Medeiros.
----------------------------------------------------------------------

Crônica retirada do livro COISAS DA VIDA de Martha Medeiros. São crônicas muito boas e estou selecionando algumas que valem a pena passar adiante.

Liana

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Uma gotinha de URBANISMO.

Minha memória é um pouco atrapalhada, mas me lembro de ter lido uma frase que de uma certa forma ficou em meus pensamentos, a de que "Arquitetos falam e escrevem para Arquitetos." No exato momento em que registrei esta frase em minha mente me dei conta de que é um fato, a grande maioria de profissionais da área tratam do assunto com uma linguagem que um outro colega de profissão entenderá facilmente, ou até mesmo algum curioso e estudioso da Arquitetura. Mas aquele que mais precisa compreender acaba se perdendo um pouco em termos e citações um tanto técnicos ou embaraçados para ele.


Quero poder contribuir para o entendimento de todos sobre esse universo que é a Arquitetura e o Urbanismo.



Conversando com um amigo na semana passada sobre urbanização, percebi que os conceitos podem ser variados, mas o Brasil conhece pouco. Existem sim, muitas capitais brasileiras que possuem um planejamento mais adequado, mais estudado e detalhado sobre áreas de urbanização. Mas o que é Urbanismo?


Urbanismo essencialmente é uma ciência humana, que precisa sempre estar atualizada de acordo com a demanda ou problemas causados pelo crescimento demográfica. Mas ela sozinha não se basta, é de fundamental importância a qualidade da contribuição de áreas como a ecologia, ciências sociais, geografia entre outras, porque o meio em que se vive, seja ele rural ou urbano, precisa de adaptações para o convívio harmonioso entre Meio Ambiente e Ocupação humana.


Quando você tem uma cidade urbanizada, se faz necessário o Planejamento Urbano, que nada mais é que um estudo de melhor adequação do uso do espaço, prezando pela qualidade de vida dos seres humanos.


Um ponto interessante e que vale ser ressaltado é: QUALIDADE de vida.


Quando você fala em Urbanismo, imediatamente as pessoas pensam em carros correndo de um lado para outro, em sinalização de pistas, prédios, casas, etc. Não é uma idéia errada, mas não é 1/3 do geral. Todo mundo sabe a importância que tem para um país ter uma cidade desenvolvida, mas em prol dessa importância, a qualidade de vida é deixada em segundo ou terceiro plano, em alguns casos ela nem existe. Vamos empilhar famílias, como diz um colega de twitter, mas vamos empilhar de forma sábia, no Brasil está tendo uma disseminação de grandes condomínios de apartamentos, luxuosos, em lugares privilegiados  e vendidos em menos de 48 horas. É claro que verticalizar é uma grande solução para o crescimento populacional de uma cidade/país, mas então é só empilhar empilhar e empilhar?


Vamos construir prédios de apartamento que possam dar ao usuário um AR de lar, vamos contruir esses prédios em lugares adequados e não em grandes avenidas, vamos pensar na topografia, vamos pensar no igarapé que está logo alí e que pode encher e mudar de tamanho, vamos utilizar materiais sustentáveis. Não é porque o vidro é a nova moda de Londres que irei aplicar em projetos na cidade de Manaus, uma cidade com um clima singular e que precisa de novas alternativas.


O Brasil olha muito para fora e esquece de se observar, e é assim que o mundo capitalista segue em frente e a qualidade de vida vai ficando para trás.


O Plano diretor, que é um instrumento utilizado para nortear o crescimento de um município, é formado por leis que possuem a finalidade de preparar o meio urbano para o crescimento de uma forma consciente. Mas o que se vê, principalmente pelos profissionais da área do Urbanismo, é que este mesmo instrumento tem lacunas por onde passam as "irregularidades" urbanísticas, é só você ter um bolso um pouco mais recheado que o céu é o limite.


Me desculpem se acabei aqui fazendo uma crítica, considerem como um desabafo.


Urbanismo é muito mais do que posso escrever aqui, mas espero ter colocado uma gotinha a+ no conhecimento de todos. Este é um assunto que me interessa muito, mas vou deixar para escrever um pouco mais em outros posts, pois se escrevo tudo neste ele irá ficar tão grande que logo vai espantar os leitores.


Até Breve.


Liana

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PARCERIAS

Todo trabalho em equipe requer algumas exigências. Para os Arquitetos isto não é diferente, é muito complicado sair da faculdade e conseguir capital para montar o próprio escritório, a solução imediata é montar um com aqueles que você mais tem afinidade de trabalho. Lendo a revista aU - Arquitetura e Urbanismo, achei interessante algumas DICAS para que o trabalho em equipe, ou a parceria gere bons frutos, bons negócios.

Liana

PARA O TRABALHO CONJUNTO DAR CERTO:

  • As partes envolvidas devem estar constantemente abertas ao diálogo.
  • As bases de atuação de cada arquiteto ou escritório devem ser estabelecidas no início do processo.
  • É importante que haja afinidade entre os profissionais. Uma sucessão de trabalhos conjuntos aprimora o entrosamento entre os parceiros e ajuda na obtenção de melhores resultados.
  • Decidida a parceria, torna-se necessário estabelecer a remuneração das partes, o local de trabalho, qual equipe será alocada e quais consultores participarão do projeto.
  • Estabelecidas as condições de responsabilidade das equipes, é preciso, então, recolher as ARTs dos corresponsáveis técnicos perante o Crea.
  • As responsabilidades serão atribuídas a empresa ou a indivíduos, de acordo com o Código de Responsabilidade Profissional. Uma vez compreendida as atribuições específicas das partes, deverá constar o registro do que foi acertado.
  • Quando o projeto é desenvolvido fora do país de origem do escritório contratado, o escritório local responde por fornecer os parâmetros locais, sejam técnicos ou legais, e eventualmente readaptar o projeto para a construção; à medida que o projeto avança, a participação do escritório-autor tende a decrescer, realizando apenas a supervisão dos produtos.
Dicas retiradas da revista: aU - Arquitetura e Urbanismo, ano 25. Nº 192. Março 2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eu caso ou compro uma bicicleta? O que você acha?
A indecisão é algo que acompanha e aflige algumas pessoas, uns são mais diretos e objetivos, outros podem passar horas de seus dias pensando em quais seriam as consequências de uma decisão, seja ela certa ou errada. O fato é que você precisa fazer escolhas apartir do momento em que nasce, até os 13 anos elas circulam alí entre roupas [estilo] e diversão [video-games e etc.]. Mas quando se alcança os 17 anos, tudo parece ganhar um "ar" mais sério, é preciso decidir a profissão, escolher os verdadeiros amigos, pior ainda é saber identificá-los primeiro.




Algumas destas escolhas podem se refletir para o resto da sua vida, pequenas oportunidades aparecem todos os dias, você pode até não vê-las mas elas estarão lá. Acordar e perceber cada mudança não é algo difícil, basta um pouco mais de atenção e observação, com o tempo se desenvolve um faro sutil capaz de perceber mudanças e oportunidades antes que sejam anunciadas.

Sidharta sempre disse "o caminho do meio é o melhor a ser seguido". O que ele quis dizer é que os extremos são fatais, não se pode fazer nada de mais ou nada de menos, mantenha-se equilibrado.

Dessa forma você pode enxergar tudo com mais clareza, podendo escolher com a razão e seguir sem peso na consciência.

Mas não esqueça, a cada escolha .. uma renúncia. Veja sempre ao que você está disposto a renunciar, seja objetos, afetos, amores ou amizades, para seguir sem remorso, com a certeza de que aquela foi a melhor decisão a ser tomada.
Pensar nos outros é a primeira coisa que lhe vem a cabeça quando é preciso tomar uma decisão, isso é válido, mas não é a única coisa a se fazer. Em primeiro lugar pense em você, pense sobre seus objetivos, se não traçou metas ainda é hora de traçar. Não é uma questão de ser ou não ser egoísta, é uma questão de amor próprio e auto-conhecimento, afinal, você não é o Super Mario andando por aí quebrando tijolinhos e encontrando 1UP de bônus.
A realidade é que no fundo, nós estaremos todos juntos .. e sozinhos, ninguém passará a mão na sua cabeça, portanto não fique se lamuriando.
Lembre-se: A felicidade é uma viagem e não um destino.


Liana

quinta-feira, 6 de maio de 2010

DICAS para preparar seu portfólio

  • Os textos de apresentação devem ser breves e diretos, com as intenções e os contextos dos projetos.
  • É importante priorizar as apresentações visuais dos projetos, incluindo fotos, imagens em 3D, plantas, cortes, maquetes e outros materiais gráficos.
  • Os desenhos técnicos também devem ser sucintos. Eles devem conter só as informações essenciais, para não ficarem visualmente poluídos.
  • O portfólio deve ser atualizado, de preferência, ao final de cada obra importante do escritório. Se não for possível, aconselha-se que a atualização aconteça no máximo a cada ano.
  • Ao contratar um fotógrafo, apresente-o ao projeto e aos principais conceitos que nortearam seu desenvolvimento. As informações o ajudarão a interpretar a obra e criar uma narrativa em imagens.
  • Reserve um ou dois dias inteiros para a sessão de fotos do projeto. Para captar todas as possibilidades de luz que incidem no edifício, o fotógrafo poderá fazer fotos antes do amanhecer e até depois do anoitecer.

texto retirado da revista aU - arquitetura e urbanismo; ano 25; nº 193; abril 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

50 anos DEPOIS


"Dois eixos desenhados à mão se cruzam em um ângulo reto, em uma folha de papel. Lucio Costa marcava a primeira forma de Brasília. Apenas três anos depois a nova capital brasileira ganhava forma e função, erguidos os principais edifícios com desenho de Niemeyer. Estava concluído o projeto de Juscelino Kubitschek, provando que era possível construir uma cidade em um cerrado despovoado, em um planalto de infinitos horizontes, e fazer dela a capital.

Mas não podia ser qualquer cidade, era preciso ter um quê de monumental, causar frio na barriga, provar que o Brasil era capaz de construir uma nova idéia de cidade, do zero, e em meio ao debate urbanístico da época: aqui, seguem-se os preceitos de um urbanismo modernista. Para levantar a nova capital, 60 mil trabalhadores se mobilizaram, de todas as partes do país. Operários, médicos, arquitetos, engenheiros, sozinhos ou em família desbravaram um descampado e viveram histórias únicas, seja no sonho da nova capital, seja num ideário de melhoria de vida (a própria ou a do Brasil). Meio século se passou e o debate vai além da necessidade ou da importância da transferência da capital. É preciso avaliar as mudanças de Brasília, suas novas arquiteturas, pensar a cidade não como histórica, mas como uma metrópole do futuro. É com esse objetivo que produzimos esta edição, com textoos que remontam ao concurso para a capital; analisam as transformações pelas quais passou; mostram obras concluídas recentemente e fazem um panorama de outras que estão por vir.

Passado, presente e futuro de Brasília. Mais do que celebrar seu 50º aniversário, propormos um debate para a nossa capital."

Bianca Antunes

texto retirado da revista aU - arquitetura e urbanismo, Ano 25, Nº192, Março 2010.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O QUE É ARQUITETURA?

"É claro que para todos a Arquitetura está sempre ligada à construção, mas nem todo mundo sabe dizer com precisão como se entrelaçam os significados dessas expressões. Também, de um certo modo, as pessoas procuram achar um vínculo entre a Arquitetura e a Beleza e para quase todos, então, Arquitetura seria providência de uma construção bela.

Está visto que esse raciocínio generalizado tem sua grande dose de razão, surgindo, porém, uma dúvida a respeito da subjetividade dos julgamentos acerca do que seja ou não
uma construção bela. Há de se indagar, também, se os conceitos de beleza do autor da obra, se é que ele os tem, ou teve, e os dos crítico são os mesmos. Nunca será fácil separar as construções belas das outras, para que possam ser eleitas e distinguidas como trabalhos de Arquitetura"


A Arquitetura não é só beleza como a grande maioria pensa. Partindo do princípio que cada um tem um gosto diferente, fica extremamente difícil classificar um edifício ou uma residência como uma Bela Arquitetura, como escreveu Carlos Lemos.

Na minha opinião, uma Bela Arquitetura é aquela que não é apenas dotada de estética, mas sim de funcionalidade, aquela que melhora a qualidade de vida de seus usuários e daqueles que a circundam. Um Arquiteto pode pensar primeiro na "forma" e depois partir para o projeto em si, porém nem sempre este é um caminho fácil. É preciso inovar, ousar, sempre procurando uma nova solução internamente.

É um tanto complicado tentar definir o que é Arquitetura, pois a mesma é tão abrangente e se revela em inúmeras formas e texturas. Está no interior, no exterior, no jardim, no corporativo, no lazer, no trabalho, no urbanos, na cidade, na mobilidade.


"A Arquitetura e todas as artes manuais implicam numa ciência que tem, por assim dizer, sua origem na ação e produzem coisas que só existem por causa delas e não existiam antes."
Platão estava certo, muitas coisas surgiram em função de um pensamento arquitetônico, me refiro a novas tecnologias para alcançar aquilo que parecia impossível. É desse pensamento que surge a Arquitetura que causa espanto, coisas grandiosas e magníficas idealizadas por mentes brilhantes.

"Bem mais do que planejar uma construção ou dividir espaços para sua melhor ocupação, a Arquitetura fascina, intriga e, muitas vezes, revolta as pessoas envolvidas pelas paredes. Isso porque ela não é apenas uma habilidade prática para solucionar os espaços habitáveis, mas encarna valores. A Arquitetura desenha a realidade urbana que acomoda os seres humanos no presente. É o pensamento transformado em pedra, mas também a criação do pensamento. Do seu inclusive. É bom conhecê-la melhor."

Fica a dica para aqueles que querem saber um pouco mais sobre esse universo ao qual sou tão apaixonada. Trechos deste post foram retirados do Livro: "O que é Arquitetura?" de Carlos A. C. Lemos.

Um livro onde você encontra um pouco da história da Arquitetura, sobre a Arquitetura moderna, e muitas curiosidades de seus pensadores como Platão e Vitrúvius.

Eu poderia passar horas aqui escrevendo sobre ela, mas vou deixar para os próximos Post's.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Relacionamento...

"Na teoria é muito simples, difícil é na prática." .. Será?
Hoje você está vivendo e presenciando uma grande transformação mundial, com mudanças climáticas e avanços tecnológicos sem limites, aquele "ar futurista" nunca esteve tão perto.

Porque então você continuaria o mesmo?

E no meio de toda essa renovação, fica complicado identificar o FALSO e o ORIGINAL. Seja comprando um relógio ou fazendo um novo amigo.

Mas entenda uma coisa, é preciso ser verdadeiro com você.

Muitas pessoas não encontram um objetivo na vida enquanto estão solteiras, elas não se cuidam, não se preocupam em ler e aprender algo novo. Incrível como o ser humano consegue se tornar dependente de alguém em tão pouco tempo quando entram em um relacionamento, tudo passa a girar em torno da vida do parceiro.

Abrem mão de suas escolhas, seus desejos, seus sonhos e suas metas para viver em uma vida obsoleta, que não é nem sua e nem do outro. Assim você pode facilmente confundir ilusão com realidade e logo estará frustrado, chorando e dizendo que ninguém merece a sua confiança.

Eu costumo dizer: Cada um tem o parceiro que atrai.

Despertar o interesse de alguém mais culto requer esforço. As pessoas se cansam de gente que falam as mesmas coisas, são aqueles leitores objetos, que apenas repetem o que leram sem formar uma opinião sobre o assunto.

E não existe nada mais admirável do que um Homem ou uma Mulher que está em busca da sua independência financeira, em busca de conhecimento, que tem ambição, que quer aprender e saber aproveitar as inúmeras oportunidades que se escancaram em sua frente, sendo franco(a) e claro(a).
Isso não significa que você se tornará mais frio, serás apenas mais centrado, equilibrado e passará a escolher melhor até os próprios amigos. Estar perto de alguém que te soma intelectualmente é muito animador.

E essencial é entender o que é RESPEITO.
Você não pode ficar controlando a todo momento o que ele(a) está fazendo com ligações que mais parecem uma forma de intimidação. Dentro de um relacionamento, não se sinta Dono(a) de algo, o único domínio que você tem é sobre si mesmo, mais nada.
É inútil e um tanto infantil querer tirar dele(a) aquilo que mais gostam, como: amigos, uma guitarra, um esporte, uma moto, um hobby, etc.

O que você prefere: Conquistar alguém pelo seu caráter ou pelo seu rostinho lindo? ou pela sua bunda grande?

Afinal, o que importa realmente?

Não se preocupe se com sua mudança, as pessoas passarem a lhe chamar de egoísta ou individualista. Esteja bem com você mesmo e logo irão aparecer pessoas que se importam, que são interessantes.

Se afaste daqueles que apenas ficam olhando a vida passar, discutindo pessoas. Faça a diferença, seja uma pessoa ativa, o mundo não precisa dos acomodados.

Invista em você e no que realmente deseja. Aprenda a fazer as coisas sozinho(a), não é deprimente, é necessário. Se conheça e saiba a hora de dizer ADEUS, a hora de dizer OLÁ a uma nova oportunidade.

Eu agradeceria se existissem mais pessoam assim, que não ficam choramingando porque deu tudo errado ou que ele(a) não presta.

Se o mundo está se renovando, é hora de mudar seus conceitos. Depois de ler isto você pode ficar pensando: Mas tudo isso é pura demagogia.

Então você começou com o pensamento errado.
A prática pode ser mais simples que a teoria. TENTE.

terça-feira, 9 de março de 2010

M de MULHER


Seus Malabarismos Mágicos Manipulam Marionetes.
Meninas, Mães, Madres, Marquesas e Ministras.
Madalenas ou Marias. Marinas ou Madonas.

Elas são Manhãs e Madrugadas
Mártires e Massacradas.

Mas sempre Maravilhosas, essas Moças Melindrosas.
Mergulham em Mares e Madrepérolas, em Margaridas e Miosótis.
E são Marinheiras e Magníficas
Mimam Mascotes

Multiplicam Memórias e Milhares de Momentos

Marcam suas Mudanças
Momentâneas ou Milenares, Mudas ou Murmurantes,
Multicoloridas ou Monocromáticas,
Megalomaníacas ou Modestas,
Musculosas, Maliciosas,
Maquiadoras, Maquinistas,
Manicures, Maiores, Menores,
Madrastas, Madrinhas,

Manhosas, Maduras, Molecas,
Melodiosas, Modernas, Magrinhas.

São Músicas, Misturas, Mármore e Minério
Merecem Mundos e não Migalhas.

Merecem Medalhas,
São Monumentos em Movimento
Esses Milhões de Mulheres Maiúsculas.


Fonte: Autor Desconhecido

sábado, 6 de março de 2010

ACASO?

"Mas então, o sentido da vida é não ter sentido?" .. Ela pensava nisso preocupada, com a cabeça no travesseiro, olhando o céu estrelado de seu quarto. Aquela parecia ser mais um noite longa, olhando o teto azul com adesivos que brilham no escuro. Todas as noites Laura esvaziava a cabeça, pensando no nada, era o jeito que ela tinha para esquecer fatos do seu dia, fatos não tão agradáveis, os momentos bons sempre fazia questão de guardá-los. Ela nunca entendeu muito de física ou química, coisas sobre a criação do universo. Mas a palavra "sempre", lhe causava arrepios. O que é o infinito? O que é para sempre? Nada? .. Coisas que sempre ela se perguntou, coisas que todo mundo se pergunta.

"Mas, então, o sentido da vida é não ter sentido? .. Com a mão no queixo e os olhos atentos na paisagem, ele pensava nisso. Sentia o vento levantando seus cabelos, então fechava os olhos, e a pergunta fugia para dar lugar a outras: Até quando ficarei sozinho? Sou o único louco deste planeta? .. John estava solteiro há muito tempo, ele era diferente dos caras que as garotas costumam conhecer. Um romântico sincero, sedutor, maduro e inteligente. Também um tanto exigente, talvez por isso estivesse sozinho, sua atração por mulheres independentes e decididas era forte, uma atitude pode atrair mais do que um rosto bonito. Um pouco cansado e cheio de pensamentos, ele fechou a janela e foi em direção ao quarto.

A noite foi agradável para ambos. Laura logo adormeceu quando pensou em seus dias de folga da família, os pais haviam comprado passagens para o Caribe. John adormeceu rápido pelo cansaço, ele não tinha problemas para dormir, o trabalho duro de seu escritório não lhe deixava espaço para muita coisa.

Era sábado, já estava tudo planejado, churrasco na casa da Lia. Lia era a melhor amiga de Laura, bem mais velha, mas elas se entendiam muito bem. Lia se divertia com os pensamentos inquietos de Laura, que decidiu acordar tarde naquela manhã. A gritaria pela casa já era irritante, a família de Laura foi sempre muito bem humorada e cheia de amigos. Ela não gostava muito disso nos dias que queria um pouco de privacidade. Decidiu então tomar um banho e tratar de se arrumar logo para o churrasco, queria sair dalí, mas antes, deu uma passadinha no twitter para confirmar tudo.

Desceu as escadas de mala pronta.

-Oi pai, oi mãe... estou indo pra casa da Lia.
-Bom dia mocinha.. durmiu bem? - perguntou sua mãe, que se chamava Glória.
-Sim.. não sei que horas volto. Ok?
-Tudo bem, deixe o celular ligado, qualquer coisa ligue.
-Claro!
-Tchau Pai, tchau mãe.
-Tchau filha - responderam os dois.

Eles tinham orgulho de Laura, que sempre foi muito estudiosa e dedicada a conhecer novos horizontes. Por isso ela tinha sua liberdade respeitada.

Entrou no carro, jogou a mochila no banco de trás, olhou os cabelos mais uma vez no retrovisor interno, estava tudo bem. Ligou o carro e partiu rumo ao condomínio onde morava Lia. Estava chegando perto de meio dia, ela havia prometido chegar cedo para ajudar na arrumação, o cedo que já não parecia tão cedo para ela. Um pouco apressada, dirigia sem muita prudência, em um lapso de desatenção, não percebeu o sinal mudar do amarelo para o vermelho, desviou do carro que havia parado e olhando novamente os cabelos no retrovisor, sentiu o carro ser sacudido por um impacto que a fez segurar forte o volante sem entender o que estava acontecendo, sentiu um segundo impacto, desta vez do lado do passageiro, e enfim ela estava parada. Olhou para sí procurando sinais de sangramento, sentiu tontura e a cabeça molhada, pensou - "Mas eu não lavei os cabelos. Oh não, e o churrasco?"

Percebeu que alguém havia completamente batido em seu carro, uma ruga de raiva brotou em sua testa, saiu do carro meio desorientada e foi logo proferindo:

Mas o que deu em você? Está cego?

John estava ainda sem saber o que fazer, olhando o carro que acabara de bater.

-Ah meu Deus! ... Ah meu Deus! Você está bem? Meus Deus , você está sangrando..

Era tudo o que ele conseguia dizer. Laura já não conseguia identificar se a tontura era devido ao impacto ou ao encantamento de ver aquele suave rosto se transformar em pânico por sua causa. Ela estava confusa. Colocou a mão na cabeça e se certificou de que a tontura era pela perda de sangue, tudo ficou fora de foco, ela piscava os olhos repetidamente para tentar se recompôr, era inútil. Desmaiou. Antes que pudesse chegar ao chão, John conseguiu segurá-la. Foi aí que ficou mais perdido, porque ele sentiria algo tão doce em meio a uma confusão de sensações? Seu corpo tremia e suas mãos esfriavam. Se conteve e pensou - "Não se engane meu amigo, ela pode ser apenas mais uma face para seu albúm." E em seguida sentiu-se envergonhado por pensar aquilo naquela ocasião. "Que ridículo, o que eu estou fazendo?"

Logo curiosos se amontoavam para ver sangue. A sirene da ambulância já era ouvida ao longe, tremendo e sem forças, ele a deitou no chão, se permitiu admirar mais uma vez aquela pele, o cheiro que vinha dela, um rosto tão diferente daqueles que ele sempre teve. Tentava disfarçar e fingir que seu olhar para ela era de preocupação e não de encantamento. Pensou novamente - "Oras, pare com isso, que infantilidade. Não está vendo? Você machucou a moça. Ela deve ser louca, não viu o sinal ficar vermelho? .. Mas... bem.. o sinal estava verde pra mim, eu juro que estava"

E olhou ligeiramente o semáforo, como se ele houvesse parado no exato momento do acidente.

------------------------------------------------------------

Continuação? .. talvez um dia. Não reparem nos erros, sou iniciante nisso aqui. Estou sem sono e o máximo que consegui criar foi isso. Boa noite.